54º Feira do Livro de Porto Alegre

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54º Feira do livro de Porto Alegre

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De 31 de outubro a 16 de novembro de 2008 ocorre a 54º Feira do livro de Porto Alegre.

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Indubitavelmente o livro pode ser um grande amigo do homem, visto que ao se deparar com a leitura o indivíduo faz um encontro consigo mesmo e toda uma percepção com o mundo. É a partir de sua bagagem que toma o trem da leitura e conhece novas paisagens e paragens.

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Tradicionalmente a feira do livro é realizada na Praça da Alfândega que fica no centro de Porto Alegre.

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A Feira do Livro de Porto Alegre é uma das mais antigas do País. Sua primeira edição ocorreu em 1955 e seu idealizador foi o jornalista Say Marques, diretor-secretário do Diário de Notícias. Inspirado por uma feira que visitara na Cinelândia no Rio de Janeiro, Marques convenceu livreiros e editores da cidade a participarem do evento.

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O objetivo era popularizar o livro, movimentando o mercado e oferecendo descontos atrativos. Na época, as livrarias eram consideradas elitistas. Por esse motivo, o lema dos fundadores da primeira Feira do Livro foi: Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo.

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Ao passear pela Praça da Alfândega se tem acesso também a alguns Museus e a Casa de Cultura Mário Quintana que são pontos imperdíveis a quem percorre a região.

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Esse ano o patrono da feira é o escritor gaúcho da cidade de Três de Maio - Charles Kiefer.

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Para maiores informações acesse o site da feira:

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http://www.feiradolivro-poa.com.br/

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O Mapa

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Mário Quintana

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Olho o mapa da cidade

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Como quem examinasse

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A anatomia de um corpo...

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(É nem que fosse o meu corpo!)

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Sinto uma dor infinita

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Das ruas de Porto Alegre

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Onde jamais passarei...

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Há tanta esquina esquisita,

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Tanta nuança de paredes,

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Há tanta moça bonita

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Nas ruas que não andei

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(E há uma rua encantada

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Que nem em sonhos sonhei...)

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Quando eu for, um dia desses,

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Poeira ou folha levada

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No vento da madrugada,

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Serei um pouco do nada

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Invisível, delicioso

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Que faz com que o teu ar

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Pareça mais um olhar,

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Suave mistério amoroso,

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Cidade de meu andar

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(Deste já tão longo andar!)

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E talvez de meu repouso...

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Entre os muitos músicos gaúchos, temos o pelotense Vitor Ramil que no ano 1997 gravou um cd somente com leituras sobre milongas, intitulado "Ramilonga (A Estética do Frio)", e abaixo, está postado o vídeo com trecho da música: "Ramilonga" (02:49) que fala um pouco de Porto Alegre, com Vitor Ramil.

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Foto: Banco de imagens da web

O Aroma

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O aroma
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*Álvaro Barcellos

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O cheiro do pasto
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e o aroma das plantas
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ainda que escassos
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nos confortam
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de algum modo
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trazendo certa leveza
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pras almas tensas da cidade
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(não há força capaz
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de apagar para sempre
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um sentimento
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– que trazemos
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no fundo do peito
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como uma voz que clama
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por justiça e paz).
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Hão de criar-se com força
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os germes lançados à terra
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e que pulsam
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– ainda lentos –
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carregando
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nas mãos dóceis
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a bandeira incansável da esperança.
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*Álvaro Barcellos - Poeta e Compositor da cidade de Pelotas/RS.

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Foto: Banco de imagens da web

Quem Sou Eu?

Texto enviado por Airton Luir – Campo Largo/PR.
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Quem sou eu?
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Luiz Fernando Veríssimo
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Nesta altura da vida já não sei mais quem sou... Vejam só que dilema!!! Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO, na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR.

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Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA, em viagens TURISTA, na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE. Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR.

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Se sou curinthiano, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL, sou COLABORADOR) e, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros .... DEFUNTO, para outros ... EXTINTO, para o povão ... PRESUNTO. Em certos círculos espiritualistas serei ... DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui ...ARREBATADO.

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E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia já fui mais EU.

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Foto: Banco de imagens da web

Influências

(Trecho de entrevista de Chico Buarque à Rádio Eldorado em 27/09/89)

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Chico fala sobre a possível influência dos Beatles

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Era, mas não tanto. Eu conversei isso outro dia com o Djavan, que é poucos anos mais novo que eu, apesar daquela cara de garoto, não é tão mais novo assim. Os Beatles pra ele representaram o que a bossa-nova foi pra mim. Existe uma idade, 15, 16 anos, quando você está aberto pras novidades musicais. Quando apareceram os Beatles eu já estava fazendo minha música. É claro que eu gosto dos Beatles, mas não teve o mesmo impacto que teve pra mim a bossa-nova. Ela me pegou veia, no momento certo, na idade exata da definição até profissional minha. Foi João Gilberto, foi a bossa-nova. Os Beatles já me pegaram dentro do bonde. Eu já estava fazendo música.

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Abaixo, vídeo da música “Nuvem Negra” (05:06) com Chico Buarque, Gal Costa e Djavan.

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Foto: Lia Costa Carvalho - extraída do banco de imagens da web

Racismo

Ao assistir a um programa de debates na TV educativa do Paraná, vi algumas abordagens sobre o racismo e as pessoas comentavam as muitas formas de discriminação feitas pela sociedade ao longo de um determinado período.

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Os debatedores na maioria eram negros e relatavam sua experiência pessoal com as muitas formas de discriminação e suas sensações. Chamou-me a atenção o depoimento de uma senhora que relatou como foi estranha para ela a sua infância, pois a sua mãe sempre a orientava em casa para que mesmo que as outras crianças a chamassem de “negra suja”, “macaca” e outros pejorativos, que ela se mantivesse altiva e tranqüila, pois na vida tais coisas poderiam acontecer e ela deveria passar por cima. Essa senhora então disse: - Tínhamos que estar preparados até para brincar no pátio da escola.

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E pergunta-se: como as pessoas lidam com o assunto?

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Mesmo não concordando com posturas racistas às vezes nos encontramos diante de situações em que pessoas fazem piadas sobre a etnia associada à desqualificação, e ainda assim acabamos ouvindo e não falando nada, seja para não “constranger” ou contrariar essas pessoas. Curioso, não?

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Que germe é esse que provoca a distinção e faz pessoas tratarem mal a outras por uma mera diferença, sobretudo étnica?

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O heroísmo às vezes está velado e grandes são as pessoas que lutam contra uma maré de adversidades e equívocos e mesmo assim seguem em frente... Bravas pessoas!!!

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Podemos e devemos desconstruir atavismos e construirmos uma cultura da iluminação do ser.

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Foto: Banco de imagens da web

O Valor da Amizade

(Trechos de texto "Amizade Verdadeira" extraído do site Momento Espírita)

Conta-se que um soldado dirigiu-se ao seu superior e lhe solicitou permissão para ir buscar um amigo que não voltou do campo de batalha.

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Permissão negada, respondeu o tenente.

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Mas o soldado, sabendo que o amigo estava em apuros, ignorou a proibição e foi a sua procura.

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Algum tempo depois retornou, mortalmente ferido, transportando o cadáver do seu amigo nos braços.

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O seu superior estava furioso e o repreendeu:

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- Não disse para você não se arriscar? Eu sabia que a viagem seria inútil!

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- Agora eu perdi dois homens ao invés de um.

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- Diga-me: valeu a pena ir lá para trazer um cadáver?

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E o soldado, com o pouco de força que lhe restava, respondeu:

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- Claro que sim, senhor!

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Quando eu o encontrei ele ainda estava vivo e pôde me dizer:

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- “Tinha certeza que você viria”!

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Quantos são aqueles que se dedicam, sem cobrança, a cuidar de amigos enfermos, amigos em dificuldades, amigos rebeldes.

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E a verdadeira amizade é aquela que aceita a pessoa amiga como ela é, e não tenta moldá-la como gostaria que fosse.

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A amizade respeita, compreende, perdoa, apoia, defende, enaltece.

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O verdadeiro amigo sabe dizer sim e sabe dizer não quando é preciso, mesmo que para isso não seja compreendido.

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Em nome da amizade, não se deve fazer tudo o que o amigo faz ou apoiá-lo em tudo. Isso é tolice.

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A amizade fiel não é conivente com os equívocos, mas está sempre alerta para socorrer quando necessário.

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Enfim, o amigo é aquele que não apenas enxuga as nossas lágrimas, mas faz de tudo para não deixá-las cair.

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Foto: Banco de imagens da web

3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Bem, acabei tendo notícias recentemente, mas penso que está ainda em tempo para informar sobre a 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul que está acontecendo no período de 6 de outubro a 6 de novembro de 2008.

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A mostra leva a 12 capitais brasileiras o olhar singular de cineastas sul-americanos sobre temas, valores e dilemas que dizem respeito à dignidade da pessoa humana. Mais do que isso, essa terceira edição celebra os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é em si um roteiro, um roteiro para a paz na humanidade. Um roteiro no qual somos todos atores e realizadores.

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Patrocinada pela Petrobras, a 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores e da TV Brasil – esta vai conceder prêmios aquisição aos favoritos eleitos pelo público das 12 capitais. Para conhecer a programação, locais de exibição e outras informações, acesse o site oficial do evento - www.cinedireitoshumanos.org.br .

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A entrada para o evento é franca.

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Locais e Datas:

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· Belém - 22/10 a 02/11

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· Belo Horizonte - 27/10 a 02/11

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· Brasília - 13 a 19/10

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· Curitiba - 07 a 15/10

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· Fortaleza - 13 a 19/10

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· Goiânia - 31/10 a 06/11

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· Porto Alegre - 21 a 27/10

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· Recife - 20 a 26/10

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· Rio de Janeiro - 13 a 26/10

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· Salvador - 10 a 16/10

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· São Paulo - 06 a 12/10

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· Teresina - 14 a 19/10

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Foto: Extraída do site do evento

Lipoaspiração!

Cirurgia de lipoaspiração

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Herbert Vianna

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Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?

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Uma coisa é saúde outra é obsessão.

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O mundo pirou, enlouqueceu.

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Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta.

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Fé, só na estética. Ritual é malhação.

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Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.

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Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

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A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

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A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.

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Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa.

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Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.

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Não importa o outro, o coletivo.

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Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.

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Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.

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Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas…

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Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.

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Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.

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‘ Cuide bem do seu amor, seja ele quem for ‘

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Foto: Banco de imagens da web

Caetano Veloso versus Movimento Estudantil Engajado

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*Por Álvaro Barcellos

Caetano Veloso versus movimento estudantil engajado-----

Talvez o título da presente reflexão sobre um momento específico da cultura e política do Brasil seja um pouco exagerado. Talvez se possa afirmar que não havia exatamente um versus, muito embora Caetano, costumeiramente polêmico, tratasse a questão de um modo mais duro, até como reação às vaias que lhe haviam sido dirigidas em um primeiro momento – e também a Gil, então amigo, parceiro e companheiro inseparável.

Vivíamos um dos momentos mais difíceis de nossa história. O regime militar fechava o cerco, prendia, torturava e matava estudantes, operários, intelectuais. Setores importantes do movimento estudantil que freqüentavam os festivais – que revelariam, alguns imediatamente, outros somente alguns anos mais tarde – possivelmente a mais brilhante geração de músicos e compositores de nossa história, entre os quais Chico Buarque, Caetano, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Edu Lobo, Ivan Lins, Geraldo Vandré, Tom Zé, Elis Regina, MPB4, Sergio Ricardo, Taiguara, Paulinho da Viola, Marcos Vale, Betânia, Gal, Nara Leão, Jair Rodrigues, Téo de Barros, Renato Teixeira, Rita Lee...

O que boa parte dos estudantes da época queria era que esses artistas voltassem seu olhar crítico e sua arte para um Brasil então medonho, injusto, sanguinário.

Enquanto isso, o grupo que fundaria o Tropicalismo – em especial os baianos Gil, Caetano e Tom Zé – voltava suas antenas para outras terras, como Paris, onde os estudantes bradavam frases provocadoras, do tipo "é proibido proibir"... que o próprio Caetano utilizou em emblemática canção sua. Já os Estados Unidos da América viam nascer a geração hippie, que pregava paz e amor, combatendo a ultra-violência e a covardia comandadas pelo imperialismo norte-americano, que na época voltava o alvo contra qualquer iniciativa que pudesse ocorrer em prol do socialismo e do comunismo, inimigos mortais dos EUA, que atacavam barbaramente o Vietnã, com milhares de mortes – tanto de soldados americanos quanto do próprio povo vietnamita. Desmoralizados, porém, desgastados e... derrotados, os EUA finalmente retiram suas tropas de lá...

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Cresce o descontentamento com relação aos EUA lá dentro mesmo. A luta era intestinal, fazendo afirmar-se a contracultura (inclusive através dos hippies). De maneira que o chamado modo de vida americano... e seu cinismo, e a suposta liberdade, e o acúmulo de dinheiro (de um povo por esse mesmo dinheiro escravizado) parecia estar mesmo com os dias contados. Os hippies, ao valorizar a cultura inclusive das ruas e ao desapegar-se à grana, pretendiam um definitivo basta à caretice.

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Em meio a tudo isso, porém, aqui, os caras não vaiavam Caetano e Gil, sabidamente grandes artistas, por vaiar. Mas por entender que eles pareciam desligados do Brasil real, latente, covarde, cruel.

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Não era apenas contra as guitarras. Até porque guitarras são apenas guitarras. Entretanto, muitos desejavam que as forças todas fossem dirigidas contra esse Brasil torturador. Verdade que os caras se identificavam bem mais com os violões de Chico e Vandré, por exemplo. Que enfocavam aquele Brasil, e utilizavam formas e instrumentos mais tradicionais que nos afirmavam. Talvez no fundamental, fosse muito mais uma atitude quase desesperada contra a possível alienação, quando aquele momento como que exigia atitude e alguma coragem. Era preciso, portanto, na ótica daqueles estudantes, que as artes em geral, e possivelmente a música em particular, até por seu alcance, refletissem aquele país. Uma arte atenta. Num certo tom de denúncia.

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O Tropicalismo surgia como uma espécie de adequação temporal – 4 décadas após – do movimento Modernista, que havia sacudido o Brasil. Era preciso, na ótica dos Tropicalistas, voltar a sacudi-lo. A ligá-lo ao resto do mundo, culturalmente.

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Mas Gil, com "Domingo no parque", e Caetano, com "Alegria, alegria", realmente fizeram acontecer. Para construir carreiras geniais, consolidando-se como compositores e letristas da mais alta qualidade. Como o próprio tempo soube provar.

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Sugestões: o livro "Verdade Tropical", de Caetano, além de inúmeras alusões ao tropicalismo na internet.

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Abaixo, vídeo (03:48) com trechos de matéria sobre o tropicalismo com músicas e depoimentos, produzida pela Rede Globo de Televisão.

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Próximo artigo: " Fusão dos universos urbano e rural e revalorização da cultura popular - o sul do Brasil -"

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(Mande suas críticas e sugestões de pautas para o e-mail: ab.prs@hotmail.com)
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*Álvaro Barcellos é graduado em direito e letras pela UFPel com especialização em literatura brasileira, trabalha também como poeta e letrista – reside na cidade de Pelotas/RS.

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Foto: Banco de imagens da web

Vinícius de Moraes

Vinícius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913 na cidade do Rio de Janeiro e aqui faço apenas uma referência desta data, pois a história de Vinícius produziria com certeza longos textos.

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Ele foi diplomata atuando em algumas embaixadas pelo mundo e paralelamente escrevia seus poemas, peças teatrais e canções.

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Vinícius conhecia muita gente e sua projeção artística se ampliou fortemente com a música brasileira, sendo um dos formadores da Bossa Nova. Teve inúmeras parcerias ao palco, mas Toquinho ao violão configurou-se como seu parceiro mais constante.

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Sua vida acabou sendo marcada pela boemia, bebidas e muitos casamentos e foi carinhosamente chamado de "poetinha", pois tinha o hábito de falar tudo em diminutivo.

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Vinícius deixou a vida em 9 de abril de 1980, mas deixou também uma obra bastante consistente que embalou algumas gerações.

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Testamento
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Vinicius de Moraes / Toquinho
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Você que só ganha pra juntar

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O que é que há, diz pra mim, o que é que há?

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Você vai ver um dia

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Em que fria você vai entrar

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Por cima uma laje

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Embaixo a escuridão

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É fogo, irmão! É fogo, irmão!

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Você que não pára pra pensar

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Que o tempo é curto e não pára de passar

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Você vai ver um dia, que remorso!

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Como é bom parar

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Ver um sol se pôr

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Ou ver um sol raiar

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E desligar, e desligar

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Você que só faz usufruir

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E tem mulher pra usar ou pra exibir

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Você vai ver um dia

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Em que toca você foi bulir!

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A mulher foi feita

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Pro amor e pro perdão

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Cai nessa não, cai nessa não

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Você que não gosta de gostar

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Pra não sofrer, não sorrir e não chorar

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Você vai ver um dia

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Em que fria você vai entrar!

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Por cima uma laje

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Embaixo a escuridão

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É fogo, irmão! É fogo, irmão!

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Abaixo, vídeo de uma apresentação de Vinícius e Toquinho na Itália (4:35).

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Foto: Banco de imagens da web

Adversidades

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Não tem sido pouco comum observarmos a inabilidade das pessoas com as adversidades inerentes à vida, no entanto, penso que o melhor remédio para esses problemas é justamente vivê-los, senti-los, enfrentá-los, retirar deles as suas lições e seguir em frente, pois é no movimento de esforço que se adquire o avanço.

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A Carlos Drummond de Andrade

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João Cabral de Melo Neto

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Não há guarda-chuva

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contra o poema

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subindo de regiões onde tudo é surpresa

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como uma flor mesmo num canteiro.

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Não há guarda-chuva

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contra o amor

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que mastiga e cospe como qualquer boca,

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que tritura como um desastre.

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Não há guarda-chuva

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contra o tédio:

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o tédio das quatro paredes, das quatro

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estações, dos quatro pontos cardeais.

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Não há guarda-chuva

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contra o mundo

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cada dia devorado nos jornais

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sob as espécies de papel e tinta.

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Não há guarda-chuva

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contra o tempo,

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rio fluindo sob a casa, correnteza

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carregando os dias, os cabelos.

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Foto: Banco de imagens da web

Inclusão

Hoje é dia do professor, e a contemporaneidade exige um pouco mais do que a habitual transferência de ensino que sempre esteve atrelada a uma visão de disciplina e orientações que considero fundamentais.

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Mais especialmente ao ensino fundamental e médio a atualidade apresenta novos desafios como a inclusão de alunos especiais, temática que merece a atenção e interesse de todos, pois os elementos desse conjunto são partícipes (pais, professores, alunos, pedagogos, diretores, e outras áreas) num processo solidário que requer de cada qual sua atuação e responsabilidade, sobretudo de gestores públicos que precisam estar conectados com a questão para darem suporte ao corpo educacional para cumprir seu papel.

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A partir da “Declaração de Salamanca” de 1994 (Sobre princípios, política e prática em educação especial), se vê a necessidade de adaptação da escola para promover a inclusão e tal esforço de adaptação se dá fortemente ao professor e aos alunos, portanto é preciso somar forças para buscar o burilamento de idéias para se atuar na busca da adequação. Tarefa árdua.

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De qualquer forma, muitas outras discussões entram nessa estória, como a capacidade do professor e da escola em lidar com os alunos com TGD – transtornos globais de desenvolvimento, como o autismo e outros transtornos psiquiátricos.

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É uma questão muito difícil e delicada, em que há muitas resistências e dúvidas.

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De qualquer forma, penso que a as atuações podem ser integradas, pois os pais possuem um papel de influência na formação de seus filhos, independente de suas condições sociais e psicológicas.

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Esse é um tema sério que merece muita discussão e atenção para se buscar caminhos possíveis e necessários, pois uma das evidências inegáveis é que a escola cumpre e sempre cumpriu um papel de inclusão social indispensável e benéfico a todos.

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Foto: Banco de imagens da web

Descontraindo...

Acho interessante que possamos dividir idéias, trocá-las. No entanto não precisamos nos deter a perquirições constantes, pois a vida é feita de um conjunto de elementos, como: comer, dormir, sorrir, rir, pensar, filosofar e mais que tudo, estar com a consciência tranqüila.

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Um tempo atrás acabei assistindo o filme “O Diabo Veste Prada”, e pra falar a verdade não tinha nada de muito interessante, mas pôde me distrair um pouco, e achei uma das músicas da trilha bem despojada e descontraída e penso que ouvir esse tipo de música as vezes faz muito bem.

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Apesar da tradução da letra não ajudar muito, a música é bem legal.

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Por isso, resolvi postar abaixo o vídeo da música “Suddenly I See” (03:18) com KT Stuntall.

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Foto: Banco de imagens da web

Agir X Reagir

Autor desconhecido – texto enviado por Fernando Petrosky – Campo Largo/PR.

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Agir X Reagir

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O colunista Sydney Harris conta uma história em que acompanhava um amigo à banca de jornal.

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O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

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Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Harris sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.

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Quando os dois amigos desceram pela rua, o colunista perguntou:

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Ele sempre te trata com tanta grosseria?

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Sim, infelizmente é sempre assim.

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E você é sempre tão polido e amigável com ele?

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Sim, sou.

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Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?

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Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

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A implicação desse diálogo é que a pessoa inteira é “seu próprio dono”, que não deve se curvar diante de qualquer vento que sopra.

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Não é o ambiente que a transforma, mas ela que transforma o ambiente.

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A pessoa inteira é um Ator e não um Reator.

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Foto: Banco de imagens da web---

Cartola

Acho interessante mencionar a contribuição de Cartola à música popular brasileira.

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Pois o samba possui como sua principal característica a coletividade e se manifesta justamente na espontaneidade, simplicidade e na necessidade de expressar os sentimentos e cotidiano do cidadão mais comum, embora reúna as mais distintas classes sociais a sua volta.

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Cartola nasceu em 11 de outubro de 1908 e completaria 100 anos em 2008. Um dos principais expoentes do samba, foi um músico popular de origem simples, teve muitas dificuldades financeiras, e embora fosse conhecido já nos anos 30, teve seu reconhecimento somente nos anos 70.

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Foi uma figura muito respeitada na sua comunidade e no meio musical. Compôs até o final de sua vida mais de 500 músicas, entre elas muitos clássicos do samba, tendo como principais parceiros Noel Rosa, Carlos Cachaça, Elton Medeiros e Dalmo Castello.

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A famosa escola de samba G.R.E.S. Estação Primeira da Mangueira fundada em 1928 teve seu nome e cores escolhidos por Cartola.

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Abaixo, vídeo da música “Tive, Sim” (02:51) com Cartola.

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Foto: Banco de imagens da web

Força Estranha

Ainda falando de infância a pretexto da data das crianças, é bacana ver como podemos nos relacionar e conhecer um novo mundo a partir da perspectiva insipiente de uma criança.

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Tudo que ela representa ao adulto e tudo que o adulto representa à criança.

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É fundamental apertarmos os laços de entendimento desses dois elos, pois que nasce dessa relação à estrutura de um sujeito e a imunidade para intolerância, egoísmo, a indiferença, das muitas fugas e mais que isso - um ser autônomo e lúcido que a partir de si poderá transformar tudo a sua volta.
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Força Estranha
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Caetano Veloso
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Eu vi um menino correndo

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eu vi o tempo brincando ao redor

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do caminho daquele menino,

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eu pus os meus pés no riacho.

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E acho que nunca os tirei.

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O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei.

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Eu vi a mulher preparando outra pessoa

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O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga.

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A vida é amiga da arte

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É a parte que o sol me ensinou.

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O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.

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Por isso uma força me leva a cantar,

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por isso essa força estranha no ar.

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Por isso é que eu canto, não posso parar.

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Por isso essa voz tamanha.

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Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista

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o tempo não pára no entanto ele nunca envelhece.

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Aquele que conhece o jogo, o jogo das coisas que são.

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É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé e é o chão.

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Eu vi muitos homens brigando. Ouvi seus gritos

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Estive no fundo de cada vontade encoberta,

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é a coisa mais certa de todas as coisas.

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Não vale um caminho sob o sol.

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É o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol.

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Por isso uma força me leva a cantar,

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por isso essa força estranha no ar.

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Por isso é que eu canto, não posso parar.

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Por isso essa voz tamanha.

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Abaixo, vídeo da música "Força Estranha" (03:44) com Caetano Veloso.

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Foto: Banco de imagens da web

Amizade

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Texto enviado por Valdriana Pavão - Curitiba/PR

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Amizade

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Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula.

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Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.

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Eu pensei: 'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C.D.F'!

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O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho.

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Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle.

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Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-o de forma que ele caiu no chão.

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Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos.

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Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhava procurando por seus óculos.

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Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos, disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam arrumar uma vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse: 'Hei, obrigado'!

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Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava.

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Por coincidência ele morava perto da minha casa, mas não havíamos nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular.

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Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal.

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Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele.

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Meus amigos pensavam da mesma forma.

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Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse: 'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!'.

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Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade.

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Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C..D.F.

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Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar.

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No dia da Formatura Kyle estava ótimo.

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Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos.

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Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam!Às vezes eu até ficava com inveja.

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Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre o discurso. Então, dei-lhe um tapinha nas costas e disse: 'Ei, garotão, você vai se sair bem!'

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Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse: -'Valeu'!

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Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso: 'A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador, mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar.Vou contar-lhes uma história:'

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Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro di a em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa.

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Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso.

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'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.

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Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão.

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Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia.

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Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.

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Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma.

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Procure o bem dos outros!
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Foto: Banco de imagens da web

Astor Piazzola & Gerry Mulligan

Sempre me considerei muito eclético com relação à música e com muitas outras vertentes da arte, bem como com outras áreas também, mesmo porque o ser humano é multifacetário, pois não acredito que possamos classificar certas áreas da música, da arte e do conhecimento em geral de forma muito restrita. Tem sido assim com algumas áreas do conhecimento que bebem nas fontes de áreas distintas.

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Dentre os músicos que gosto muito está o Astor Piazzola e lembrei-me por esses dias justamente de um disco ("Summit" – 1974) dele em parceria com Gerry Mulligan, um saxofonista estadunidense de Jazz.

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Esse disco foi pra mim bem representativo, e lembro-me que o adquiri em 1992 quando recentemente havia retornado a Pelotas, mas que com o tempo se perdeu junto com outros discos e livros que emprestamos ou tomam rumos diversos.

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Está postado abaixo o vídeo da música “Years of Solitude” ou “Años de Soledad” (04:10) – com Astor Piazzola e Gerry Mulligan.

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Foto: Banco de imagens da web

"Clube da Esquina"

*Por Álvaro Barcellos

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Clube da Esquina

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A cidade mineira de Belo Horizonte presenciava, a partir da segunda metade dos anos 60 do século XX, um movimento musical da maior importância.

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Quase espontaneamente, rapazes de grande talento, e ainda totalmente desconhecidos do grande público, reuniam-se com alguma freqüência sempre em uma mesma esquina da região central da capital mineira. Vinham munidos de seus violões, com os quais se faziam acompanhar, executando canções dos Beatles, cantigas do rico folclore mineiro (onde se entrelaçam com grande força elementos das culturas barroca e caipira, com resultados tão belos quanto fecundos), MPB mais tradicional, samba, blues, jazz... E assim, timidamente o grupo de músicos ia crescendo aos poucos.

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Nas noites chuvosas, geralmente, os caras acabavam indo tocar na casa dos Borges – mais precisamente no quarto dos meninos (Lô e Marcio).

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Com o tempo, e isso não tardaria a acontecer, os rapazes foram se conhecendo melhor e se soltando mais, o que os encorajava a mostrar uns aos outros suas habilidades na criação de canções – estava aflorando o trabalho autoral; revelavam-se assim aos poucos os compositores do Clube da Esquina, como viria a ser conhecido mais tarde o grupo de amigos, que tinha em comum fundamentalmente uma grande paixão: a música.

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Alguns deles preocupavam-se mais com a combinação de acordes (a harmonia), casos de Toninho Horta (autor de Manoel, o audaz – parceria com Fernando Brant, e Beijo partido), Nelson Ângelo (de Fazenda e Simples), e Tavinho Moura (de Cruzada, e Como vai minha aldeia, parcerias com Marcio Borges, e Gente que vem de Lisboa, com Fernando Brant). Tavinho, do grupo, foi o compositor que mais fundo mergulhou nas raízes da cultura popular mineira – o famoso folclore das Gerais.

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Outros caras acabaram ganhando destaque, como Beto Guedes (autor de Amor de índio, Sol de primavera e O sal da terra, parcerias com Ronaldo Bastos), e Lô Borges (de Clube da esquina – 1 e 2, ambas em parceria com Milton Nascimento e Marcio Borges, O trem azul, com Ronaldo Bastos, e Paisagem na janela, com Fernando Brant). Beto e Lô foram os caras que mais nitidamente adicionaram a suas influências um certo tempero beatle.

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Outro sujeito que participava desses encontros era o compositor Flávio Venturini (autor de Espanhola, parceria com Guarabyra), Nascente (com Murilo Antunes), Todo azul do mar (com Ronaldo Bastos)...Venturini liderou grupos importantes, como O terço (de Criaturas da noite, parceria dele com Luiz Carlos Sá) e o 14 bis (de Linda juventude, parceria com Marcio Borges), que mesclavam toadas mineiras e rock and roll, especialmente sua vertente progressiva.

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Mas o compositor e cantor de maior projeção do movimento, que foi uma redescoberta das melhores possibilidades da sonoridade das Gerais, foi mesmo Milton Nascimento, o Bituca, como era carinhosamente chamado pelo grupo. Milton assina clássicos como Travessia, Canção da América, Nos bailes da vida e Ponta de areia (parcerias com Fernando Brant), Cio da terra (com Chico Buarque), Fé cega, faca amolada e Cais (com Ronaldo Bastos), Morro velho, entre outras tantas. Com seu jeito tímido, mineiramente cativante, com voz marcante e inesquecível, e suas habilidades como compositor, fez a cabeça de crítica e público, e de quebra de uma das maiores cantoras da história da MPB, Elis Regina.

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Destacam-se ainda grandes músicos que tomaram parte do movimento, como Nivaldo Ornellas (sopro) e Robertinho Silva (percussão e bateria).

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Sugestões: "Os Sonhos Não Envelhecem" – livro da Marcio Borges, que conta deliciosas histórias do Clube da Esquina (movimento que pode também ser acessado na internet).

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Abaixo, vídeo da música “Clube da Esquina N°2” (02:47) com Milton Nascimento e Lô Borges - 1997.

Próximo artigo: " Caetano Veloso versus movimento estudantil engajado".

(Mande suas críticas e sugestões de pautas para o e-mail: ab.prs@hotmail.com)

*Álvaro Barcellos é graduado em direito e letras pela UFPel com especialização em literatura brasileira, trabalha também como poeta e letrista – reside na cidade de Pelotas/RS.

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Foto: Banco de imagens da web

Blog "Psicologia Espírita"

Um tempo atrás, conheci um trabalho que se iniciou em Curitiba direcionado ao estudo das obras psicológicas de Joanna de Ângelis, psicografadas por Divaldo Pereira Franco, e a partir da observação da existência de certa dificuldade de leitura leiga para algumas das obras, surgiu esse grupo de aprofundamento teórico da psicologia espírita, se traduzindo então em subgrupos que fazem as leituras de uma determinada obra, retirando delas, resenhas e depreensões, gerando um material teórico que auxilia no estudo das obras por pessoas sem noções de psicologia. Esse grupo ganhou muitos participantes e continua aberto, inclusive para pessoas de outras regiões (cidades e estados).

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Esse grupo de “Psicologia Espírita” pode ser acessado pela internet através do Yahoo Grupos no endereço: http://br.groups.yahoo.com/group/psicologiaespirita/.

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Entre as pessoas que participam, sempre se encontram também pessoas de outras regiões. A conterrânea Michelle que faz parte desse grupo, é psicóloga em Porto Alegre/RS e abriu recentemente um blog sobre Psicologia Espírita.

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Para os interessados ao tema, basta acessar o blog que está entre os nossos links.

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Foto: Banco de imagens da web

Uma Criança...

Como nessa semana teremos o Dia das Crianças, pensei em ressaltar as leituras que fazemos sobre essa fase, e mais particularmente sobre a influência da mesma na lembrança adulta (de forma poética).

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Sendo Crianças

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Adriano Barboza

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Somos crianças eternas,

Trazendo o sentimento cândido de viver,

De olhar...

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Por mais que procuremos respostas,

Elas não vem,

E possuindo credos,

Eles nos Vêem,

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Só assim acreditando no mar

No luar

E na praça em Paris (quando adulto)

Possuímos novo olhar - filosófico

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Por mais menino

Por mais guri

Quero subir

Pelas estrelas

Para ser assim....

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Não só credo,

Não só uma diretriz,

Mas, ser mais que isto tudo,

Ser mais que tudo,

Ser filho de um bom Pai,

E ser feliz.

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Bola de Meia, Bola de Gude
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Milton Nascimento e Fernando Brant
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Há um menino, há um moleque
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Morando sempre no meu coração
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Toda vez que o adulto balança
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Ele vem pra me dar a mão
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Há um passado no meu presente
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Um sol bem quente lá no meu quintal
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Toda vez que a bruxa me assombra
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O menino me dá a mão
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E me fala de coisas bonitas
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Que eu acredito que não deixarão de existir
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Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade
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Alegria e amor
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Pois não posso, não devo, não quero
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Viver como toda essa gente insiste em viver
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E não posso aceitar sossegado
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Qualquer sacanagem ser coisa normal
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Bola de meia, bola de gude
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O solidário não quer solidão
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Toda vez que a tristeza me alcança
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O menino me dá a mão
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Há um menino, há um moleque
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Morando sempre no meu coração
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Toda vez que o adulto fraqueja
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Ele vem pra me dar à mão

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Abaixo, vídeo da música "Bola de Meia, Bola de Gude" (02:57) com Milton Nascimento.

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Foto: Banco de imagens da web

Pensamento Novo

Pensamento novo é o significado do termo “Bossa Nova”, conforme foi descrito por Tom Jobim e que definiu assim o movimento musical que ele protagonizou juntamente com outros grandes nomes da música brasileira e internacional.

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Embora eu não tenha a intenção de adentrar sobre esse movimento, pois esse trabalho poderá ser feito com mais profundidade nos artigos destinados à música que teremos no blog, mas, penso ser interessante destacar que a Bossa Nova, segundo o próprio Tom, tinha a intenção de dar uma nova atmosfera emocional, pois os movimentos musicais que antecediam tinham um tom muito melancólico denominados de “dor de cotovelo” numa época pós-guerra, em que se verificava inclusive, muitos casos de suicídio.

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Independente de possíveis controvérsias sobre o papel da Bossa Nova, vale a pena pensar no benefício de um pensamento novo e arejado em algumas ocasiões, pois a atitude de introduzir gestos positivos ainda que pequenos numa atmosfera negativa, poderá vir a influenciar fortemente esse contexto mesmo que num primeiro momento nos pareça inalterável.

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Abaixo postei um vídeo da música “Carta ao Tom 74” (02:43) com Vinícius de Moraes, Toquinho e Tom Jobim.---------

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Foto: Banco de imagens da web